Colin Dyer, CEO da JLL, considera o Brasil estratégico para o crescimento mundial da empresa nos próximos anos
Leitura de 5minO Brasil é um grande operador de commodities.
Em recente visita ao país, Colin Dyer, CEO da JLL, destacou os planos da empresa para os próximos anos, enfatizando a importância dos atuais clientes para a conquista de novos resultados. Depois de revelar que a meta da JLL é dobrar o volume de negócios mundiais até o final dessa década, Dyer ressaltou a relevância do Brasil em meio a um cenário de projeções.
“Uma parte significativa dessa perspectiva global corresponde aos nossos objetivos de crescimento em território brasileiro. Além de expandir a dimensão dos negócios, pretendemos aumentar a projeção e ampliar o número de serviços oferecidos aos clientes”, adiantou, ao reforçar que a empresa considera o país um elemento-chave para o futuro de seu desenvolvimento mundial.
Outro ponto mencionado pelo executivo refere-se à força da economia nacional.
O Brasil é um grande operador de commodities. Seu setor primário é vasto, composto por minérios e petróleo, incluindo as descobertas do pré-sal. Acrescente a isso, o potencial de sua indústria, que produz aeronaves, como as hoje comercializadas pela Embraer, e automóveis, que abastecem o mercado interno e a América do Sul. A base da indústria doméstica, portanto, encontra-se em um estágio favorável”, avalia.
Em sua análise, Dyer também acrescentou a sólida e crescente presença da classe média no país, responsável pelo aquecimento do consumo nos últimos anos. “São 200 milhões de pessoas mais prósperas anualmente movimentando o mercado. Isso, certamente, contribui para que a economia interna se consolide cada vez mais”, acrescenta.
Apoiada nessa realidade, a JLL, segundo o executivo, pretende ampliar sua presença no país. A oferta de novos serviços e a atuação em novos mercados serão os primeiros passos para a obtenção de novos clientes. “Hoje temos uma grande representatividade no setor financeiro e industrial, prestando serviços a empresas nacionais e mundiais. Temos observado um maior interesse de investidores internacionais no segmento imobiliário brasileiro, contribuindo para a projeção dessas metas”, justifica Dyer.
Em sua opinião, esse interesse também é estimulado pela estabilidade da economia nacional.
Isso é resultado de um esforço mantido há mais de 10 anos. Desde então, o Brasil tem aumentado a transparência de sua realidade econômica. Com isso, empreendedores têm a garantia de retorno, leis adequadas e cada vez menos burocráticas”, considera, ao enfatizar que todos esses fatores tornam o país estratégico para os negócios da JLL.